Cinema ambiental
Referência: ISBN13: 9786556840468
Da “questão ambiental”, Solange Alboreda enfrenta corajosamente o nó enparar de falar apenas em “proteção ou preservação do ambiente” etc., do mesmo modo repetitivo, meloso e linear com que a ordem discursiva vigente no poder, de há muito destruindo a natureza, o faz. A condição múltipla e integrada das plantas, animais (homem incluso) e águas, que se desdobra nos territórios em práticas lúdicas de vida, nada tem que ver com locu-Percebe-se que a mera e óbvia oposição entre preservação e degradação não resolve assunto tão crucial. Nem só sequer a denúncia. Impossível não notar que a a atenção é que são inúmeros e variados temas angustiantes sobre um mundo desgraçado de ruim”. A insistência em se falar de tragédias, sem se ter mais o que dizer das interações criativas básicas entre os corpos e o seu entorno natural e cultural – “essas continuidades em arranjos diferentes” –, pode redundar, pelo consumo acomodatício e sequencial do Mesmo, numa tragédia política equivalente. Daí a importância e necessidade – vai nos indicando Solange, por exemplo, sobre o documentário colombiano “Ilhados”–, dessas reinvenções, entre diálogos e conem movimento local e planetário, onde partículas e vozes das linguagens dos homens,
da paisagem e do ambiente se fermentam a partir de outros conhecimentos. Amálio Pinheiro
Solange Alboreda