Trilogia Imaginários Urbanos
Disponibilidade: Imediata
Narrativas e imaginários: um diálogo transatlântico entre dois coletivos urbanos
Formato: 16x23 cm, 154 páginas
ISBN 978-65-85936-63-7
O leitor tem em mãos um livro resultante de ações específicas de três coletivos: um primeiro, acadêmico; um segundo, de arquitetos, designers, jardineiros, moradores e instituições locais (“coletivo de coletivos”); e um terceiro, de artistas.
O elogio a essa criação coletiva é o ganho de saída deste trabalho, antepondose à matriz narcísica e mercantil que impera em fluxos dominantes da cultura atual. É no cotidiano que nos deparamos com os processos de sujeição cultural
impostos pelo neoliberalismo há meio século, cada vez com maior desfaçatez. No entanto, se o cotidiano implica a reprodução da vida, a repetição, o banal, o habitual, se ele é da ordem do já sabido, ele também é, ao mesmo tempo, campo da contingência, zona de lutas e de produção de saberes. Aqui se está no campo antípoda à ‘monocultura’, ao heroico, ao espetacular, ao majoritário. Interessam as chances, os pequenos acontecimentos, o vai-e-vem das possibilidades, as lembranças, os acasos, as confluências e encontros. Nada disso poderia ter sido feito, escrito, registrado, comentado, arquivado, sem mobilizar a crença na afirmação de algo que seja próprio, mesmo que efêmero e, acima de tudo, na mutualidade.
Vera Pallamin
Os jardins contemporâneos nos imaginários urbanos
Formato: 16x23 cm, 152 páginas
ISBN 978-65-85936-64-4
A que ponto as transformações extensas e profundas que marcam o momento contemporâneo desestabilizam a ideia de jardim e as práticas do seu cuidador? Talvez não seja apressado concluir que o jardim continua a simbolizar a possibilidade de plenitude da(s) natureza(s) humana(s), em toda sua diversidade e complexidade; um reino de justiça, de compreensão (por ser compreensivo do humano e do não-humano); lugar fértil, de proteção e garantia do prosseguimento da vida e da força erótica que a impulsiona, em todas as suas formas e maneiras. Sim, em todas as suas formas e maneiras porque, por efeito do turbilhão que hoje atinge até mesmo os protagonistas arquetípicos do jardim do Éden, a capacidade de dar continuidade à vida, mesmo na acepção restrita de bios, já não depende de pulsões ou atributos exclusivos do casal primordial (a ciência oferece outras possibilidades de reprodução da espécie), mas é extensiva a toda a humanidade, sem quaisquer restrições, a não ser as impostas pela finíssima pele chamada biosfera, perímetro do hortus conclusus sob os cuidados constantes do jardineiro.
Malena Segura Contrera
Formações dos imaginários urbanos de São Paulo
Formato: 16x23 cm, 202 páginas
ISBN 978-65-85936-62-0
De perspectiva transdisciplinar, o livro alinha sensibilidade e erudição, ousando tatear o espinhoso – e, por isso mesmo, fascinante – mundo das representações, imagens e imaginários, em perspectiva de longa duração [...] A arqueologia do
processo de formação do imaginário paulista revela o poder de uma construção narrativa transmitida oralmente e por meio de imagens, institucionalizada em escolas, museus e livros didáticos, que deliberadamente ocultou saberes e fazeres de mãos invisibilizadas pela História e pela historiografia.
A arqueologia realizada rememora o legado de velhos mestres da FAUUSP, nutridos pela tradição do SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Salta aos olhos um universo caboclo, caipira e caiçara de rara beleza, transmitido com apreço por mestres como Carlos Lemos, Antônio Luiz Dias de Andrade – o Janjão -, Júlio Roberto Katinsky, Rui Gama e Zibel Costa, que despertaram nos estudantes uma sensibilidade para topônimos, sotaques, culinária, modos de ser e habitar esta Paulistânia híbrida e complexa por excelência.
Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno