Poéticas urbanas : Imageria, projeto e precariedade imaginário
Artur Simões Rozestraten.
340 páginas ; 16 x 23 cm.
ISBN 978-65-5684-040-6
Em que medida a poética pode reinventar a natureza da polis?
Que alternativas ou que formas de subversão as poéticas urbanas podem opor aos projetos de smartcities?
Como tais poéticas interagem com os recursos de inteligência coletiva das sociedades urbanas?
Os textos apresentados neste livro investigam os imaginários das cidades considerando suas paisagens cotidianas, seus espaços públicos ou periferias, marcados por uma urbanização frequentemente sinônima de ambientes deteriorados, de usos e sociabilidades conflituosas, de conformidade às normas ou, ao contrário, de dinâmicas de subversão, de padrões e modas, mas também de mitos quase atemporais. Seja através do cinema ou da fotografia, da etnografia ou dos arquivos, da narrativa ou da performance, estes textos abarcam análises e experiências que afirmam as possibilidades ou impossibilidades do habitar.
Autores e autoras tentam apresentar uma alternativa a tais extremos por meio da transformação do cotidiano mobilizada por recursos de projetos coletivos. As imagens materiais, o corpo, a memória são expressões de qualidades estéticas e ambientais, de formas de apropriação ou de resistência, em síntese, de poéticas para um possível reencantamento,
suporte do construir e do habitar a Terra compartilhada.
Construir implica a elaboração de mundos abertos a uma pluralidade de conceitos do coabitar, de poéticas diversas que refletem uma diversidade de formas de habitar. Estas formas de habitar são poéticas na medida em que engendram ou produzem formas de se relacionar com lugares, de designá-los, de percorrê-los, de organizar as atividades e o
repouso, mobilizando imagens nas quais ressoam os afetos. As poéticas descrevem estes vínculos que nos fazem, tanto quanto nós os fazemos, objetos de projeções, fantasmas ou até mesmo de delírios. Afinal, os desafios do século XXI demandam outros imaginários do habitar